Seja para manutenção da capacidade competitiva da indústria, para aumentar seu potencial produtivo ou para inserir novas linhas de produtos, a estrutura industrial não pode parar. Periódica e pontualmente, o maquinário precisa ser renovado, substituído ou complementado para a empresa atingir objetivos de mercado.


Para isso, o investimento pode ser feito em retrofit ou máquina nova. E até mesmo em ambas as opções em alguns casos. A decisão depende de fatores ligados a processos, produtos, estrutura atual, condições da empresa externas ao setor de produção e comparações feitas entre as soluções.


No intuito de ajudá-lo com essa importante avaliação, abordaremos agora os principais pontos de análise e brevemente os recursos inclusos em um processo de reforma e modernização.

Como funciona o retrofit

Essa é a opção para melhoria e atualização da estrutura de equipamentos da linha de produção. Quando o serviço é contratado, as possibilidades são as seguintes:

  • Troca de peças mecânicas e hidráulicas e de componentes eletrônicos e de sistemas de comando;
  • Modernização de interfaces de operação de máquinas;
  • Troca de sistemas analógicos por digitais;
  • Implementação de novos recursos de segurança e operacionais;
  • Melhoria da comunicação de um equipamento específico com demais máquinas da mesma linha;
  • Adequação a normas contemporâneas de segurança do trabalho.

Ou seja, não trata-se de manutenção pontual ou corretiva nem de uma simples reforma dos ativos, mas sim de um processo de modernização e qualificação da linha visando objetivos do setor de produção e outros benefícios para a empresa.

Os pontos do retrofit citados acima, e outros possíveis, visam ganhos que serão perceptíveis nas rotinas, como aumento de capacidade produtiva e produtividade, economia de energia elétrica e mais segurança para funcionários que operam o maquinário.

Como decidir entre retrofit ou máquina nova

Analisar o investimento necessário

Em geral, reformar e modernizar o maquinário exige investimento substancialmente menor do que aquele necessário para aquisição de equipamento novo, o que naturalmente leva a decisão para mais próxima do retrofit.

Porém, se a diferença não for muito grande pode ser mais vantajoso realizar a compra de um novo ativo. Isso porque a compra acompanha período de garantia maior, acordo de manutenção preventiva periódica com fornecedor e características totalmente modernas para uma máquina que terá grande vida útil.

Avaliar o status do equipamento usado

Dependendo do estado de conservação da máquina, a reforma pode dar uma vida útil adicional a ela não comparável ao tempo de utilização de um ativo novo. E dependendo das configurações e da idade do equipamento, a modernização pode ser muito difícil — ficando mais cara e até impossibilitando de atender a determinadas necessidades dos processos produtivos.

Se o cenário apresentar essas dificuldades, o retrofit pode não entregar todo o retorno esperado para a linha de produção, exigindo posteriormente investimentos adicionais. Portanto, seria o caso de renovar os ativos do setor.

Observar as necessidades dos processos produtivos

A produção pode ter necessidades como elevar a qualidade, ser mais produtiva, aumentar sua capacidade e desenvolver uma nova linha de produtos. Ou combinar essas e outras necessidades simultaneamente. Dependendo do caso, uma opção pode ser a melhor para atingir os objetivos, assim como a união de ambas.

Por exemplo, para aumentar a produtividade tornando uma máquina mais rápida e melhor integrada aos demais equipamentos, o retrofit surge como solução que possibilita alcançar a meta. Por outro lado, se uma nova linha de produtos está sendo desenvolvida, pode ser necessário adquirir maquinário mais especializado para sua manufatura.

Avaliar a vida útil e necessidades de manutenção

Em geral, a vida útil do maquinário industrial é de 10 anos. Após esse período, é preciso investir em retrofit ou máquinas novas para evitar problemas na linha de produção.

Se um ativo está muito próximo do fim de sua vida útil e apresenta muitos problemas, é mais difícil realizar sua modernização e buscar condições próximas das originais. E provavelmente um equipamento com esse status estará há algum tempo exigindo manutenções recorrentes e possivelmente caras, que não serão totalmente eliminadas com a reforma.

Caso um retrofit já tenha sido feito e a vida útil esteja próxima de ser completada ou até mesmo já tenha sido ultrapassada, uma outra renovação pode significar investimento em demasia para o mesmo ativo em pouco tempo, o que indica que ele pode gerar ainda mais despesas dentro do mesmo prazo.

Em um cenário com esses aspectos, a aquisição de maquinário novo pode significar investimento inicial maior, porém retorno melhor ao longo de seu uso e menos despesas de manutenção no passar dos anos de atividade.

Calcular o retorno sobre os diferentes investimentos

Uma renovação que consiga fazer o maquinário antigo chegar a níveis de produção de equipamento novo, ou próximos disso, e com a mesma qualidade provavelmente gera retorno mais rápido sobre o valor investido, já que reformas custam menos que aquisições.

Esse resultado faria com que o tempo de retorno fosse bastante reduzido e se tornasse coerente com a vida útil que o ativo ganhou após sua renovação. Porém, se o prazo de retorno do valor do retrofit não ficar distante do tempo de retorno esperado para uma máquina nova, a aquisição faz mais sentido, pois essa solução entrega o que há de mais atual e funcionalidades e adaptação a processos produtivos modernos, além de ter uma vida útil longa que está recém sendo iniciada.

Estudar o orçamento do setor e da empresa

Investimentos em estrutura industrial são ações complexas e que exigem capacidade de absorção para caixa e orçamentos. E a compra de um ativo adicional não significa somente investimento nele próprio, pois o equipamento precisa de no mínimo um operador, mais insumos, energia elétrica, outros recursos e manutenção de rotina.

Fazendo as contas, dependendo da situação do negócio — e mesmo que ele não esteja com a saúde financeira comprometida —, é possível constatar que essa opção será financeiramente inviável no momento ou em curto prazo, sendo mais adequado reformar e modernizar a estrutura já montada. Até porque um investimento relevante e contínuo como esse pode gerar problemas financeiros quando se não for bem planejado.

Avaliar o impacto no andamento do setor

Equipamento recém adquirido não é instantaneamente implementado, já iniciando seu ponto máximo de produtividade na emissão da nota fiscal do fornecedor. E o maquinário renovado precisa de semanas para finalização do processo, retorno à indústria e reativação.

Considerando esses período de interrupção de produção, podemos fazer análises como:

  • Enquanto o equipamento novo não inicia sua produção, a estrutura já existente segue funcionando;
  • Enquanto a máquina colocada em reforma está parada, outra locada pode ser colocada temporariamente em seu lugar;
  • O tempo de parada para reforma e o necessário para implementação de novo ativo podem ser diferentes.

Essas e outras considerações ajudam os responsáveis a entenderem os diversos impactos que as opções geram anteriormente a uma contratação ou compra. Contar com ajuda especializada. Por serem muitos pontos envolvidos nessa comparação, e mais de uma solução existente para cada tipo de investimento possível, é sempre ideal contar com ajuda especializada tanto para analisar o cenário atual do setor quanto para avaliar as opções para expansão e qualificação.

Então, entre em contato conosco, especialistas em maquinário industrial, para ajudarmos sua empresa a tomar a melhor decisão.